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O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS

PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS  O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...

SIMBOLISMO DA ROMÃ NA MAÇONARIA

SIMBOLISMO DA ROMÃ NA MAÇONARIA


A romã faz parte da Maçonaria e é o Símbolo menos falado, o simbolismo desta fruta aparece nas Lojas logo na entrada, sempre acima do olhar físico de cada OObr∴, ela passa despercebida e, por isso, mais ignorada, porque dá muito trabalho olhar para cima e sondar os mais elevados ideais que a Maçonaria busca, vê-se muito sobre significados e interpretações dos símbolos que envolvem a Maçonaria. Não se tem dado muita atenção às romãs que, embora sustentadas pelas colunas, representam o que há de mais essencial em nossa instituição. “A UNIÃO”!

Então “tomemos uma romã em nossas mãos” é uma fruta bastante diferente das demais e não foi por acaso que entrou como peça decorativa dos Templos Maçônicos. A sua casca, dura e resistente, representa a Loja em si, o templo material que abriga os IIr∴ reunidos. As sementes representam os IIr∴, a semente não é exatamente igual à outra, em tamanho e formato, mas o paladar de todas é invariavelmente idêntico. Daí já extrai uma lição valiosa: não importa, para quem saboreia a fruta, quais as sementes são pequenas e quais as grandes; importa isso sim, o paladar.

Na Loja, temos IIr∴ de menor porte na vida profana e outros, com maior gabarito social e econômico. Se a sabedoria do S∴A∴D∴U∴ assim o quis, cabe nos lembrar que a mesma seiva que alimentou o pequeno grão, alimentou igualmente o maior. Não obstante, as sementes pequenas e grandes estão unidas, todas compondo um único fruto, com um só objetivo: servir de alimento e fonte de prazer ao paladar.

O que mantém as sementes da romã unidas é a pele interna, essa pele, feita da mesma substancia carnuda e consistente da casca e do miolo, representa o selo, ou melhor, o sigilo maçônico; rompido esse selo, as sementes ficam expostas ao ataque de pragas, deteriorando-as e estas perdem assim sua finalidade. Igualmente nas nossas Lojas, todos os nossos assuntos carecem da proteção do sigilo, sob pena de rompido este, a Loja, que é a romã, vir a sofrer sérias consequências como a

perda da união que deve reinar em nosso meio em prol do bem comum. O nosso juramento é representado pela seiva que alimenta as sementes (que são os OObr∴) foi contraído sem o mínimo de coação moral e sem reserva mental ou equívoco.

Rompido esse juramento, a fruta definha seca e, por fim, apodrece. Assim, o sigilo, representado pela pele que UNE e SELA as sementes, merece de nossa parte o máximo de cuidados. A fruta, ao soar da primeira batida do malhete até a última, deve ser saboreada enquanto durem os trabalhos.

É responsabilidade do fruticultor, que representa o “Ven∴”, zelar para que a árvore da Maçonaria venha a produzir frutos não afetados por pragas e doenças, zelando pela preservação não só da casca da fruta (o material), como também pela unidade garantida pelo sigilo, que é simbolizado pela pele interna da fruta.

Segundo o livro “Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz”, a romãzeira atinge de 2 a 8 metros de altura e vive entre 60 e 100 anos e há registros de fragmentos da fruta em túmulos egípcios que datam de 2.500 a.c.

Isso me provocou a reflexão de que, assim como os homens, as romãs permeiam a história do mundo, desde o mundo antigo até o atual. A vida da romãzeira, variando entre 60 e 100 anos, se assemelha ao tempo de vida do homem. Assim como a romãzeira dá seus frutos que alimentam os homens, os homens dão seus frutos, que são sua prole e seu conhecimento, que alimentam e dão sobrevida ao mundo.

Uma das simbologias que me chamou mais a atenção e me serviu de principal referência é que a romã é resistente e suporta muitos impactos, a partir de sua forma e aspecto externo, rígido, mas também por sua organização interna, com os frutos organizados, um apoiando o outro em uma estrutura perfeita à sua forma.

Externamente discreta e internamente impressionante, bonita e evoluída. Assim devem ser os maçons, resistentes às intempéries da vida profana, discretos e, em seu interior, possuir qualidades diferenciadas dos demais.

Concluo que a posição das romãs no topo das colunas B e J foi estrategicamente definida para que os maçons possam, seja na entrada ou já dentro do templo, lembrar de seus princípios e objetivos. Assim como os gomos/sementes são diferentes, mas estão unidos em uma estrutura única, em sintonia, que os maçons façam o mesmo, sendo diferentes, mas complementares, respeitem seu espaço e o espaço do outro, e trabalhem em conjunto para formação de uma ordem j∴ e p∴.

Acredito que nós, maçons, temos crenças e valores em comum. Em contrapartida, tenho plena certeza de que somos todos diferentes. Juntos, formamos um organismo completo, complexo e que obtêm resultados muitos melhores do que se trabalhássemos isolados.

A principal lição que devemos levar sobre as romãs está na forma como as sementes se mantêm unidas “ombro a ombro”. Apesar de seus formatos e tamanhos diferentes, as sementes apoiam-se em perfeita união. São inúmeras e, como nós, espalham-se pelo planeta.

Cada Maçom deve zelar para que a árvore da Maçonaria venha a produzir frutos não infectados por pragas e doenças, e a união deve reinar no nosso meio, visando o bem comum.


BELO HORIZONTE - 2023

A∴ M∴ HUGO MATEUS DE SOUZA CORDEIRO 

A∴ R∴ L∴ S∴ CINCO DE JUNHO II – Nº 378


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A romã na Maçonaria. Folha do Litoral, 2019. Disponível em: <https://folhadolitoral.com.br/maconaria/a-roma-na-maconaria>. Acesso em: 22 de agosto de 2023.

AS romãs e o seu significado maçônico. Colunas de Piratininga, 2017. Disponível em: < https://colunasdepiratininga.org.br/as-romas-e-o-seu-significado-maconico/>. Acesso em: 22 de agosto de 2023.

GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro – São Paulo, 2009.

JUNIOR, Raymundo D´Elia. Maçonaria: 100 Instruções de Aprendiz – 9. ed. – São Paulo, 2019, Madras.

MACEDO, Ernande Costa. A origem da romã e o seu simbolismo na Maçonaria. Jornal O Compasso, 2021. Disponível em: https://jornalocompasso.com.br/a-origem-da-roma-e-o-seu-simbolismo-na-maconaria/. Acesso em: 22 de agosto de 2023.

SIMBOLISMO das romãs. FREEMASON, 2018. Disponível em: https://www.freemason.pt/simbolismo-das-romas/. Acesso em: 22 de agosto de 2023.

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