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O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS

PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS  O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...

O APRENDIZ E O TELHAMENTO

O APRENDIZ E O TELHAMENTO

Buscando mostrar que no âmago do Telhamento, isto é, oculto nas palavras de verificação da qualidade de ser Maçom, quando na recepção de visitantes, pode o integrante ter contato com outros aspectos dos Princípios, que certamente o auxiliarão no despojamento de suas Vaidades e Paixões.

E se ainda buscar nos denominados Preceitos Básicos e Imutáveis da Maçonaria – que são os Landmarks, recorrendo, no caso, à Classificação de Machey, principalmente pelos Números 14 e 15, poderá descobrir que:

  • Nº 14: “O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja é um inquestionável Landmark da Ordem”.
  • Nº 15: “Nenhum visitante desconhecido aos Irmãos de uma Loja, pode ser admitido em visita, sem que antes de tudo seja examinado, conforme os antigos costumes”.
  • De companheirismo, de amigo fiel e prestativo,
  • De opiniões, de atitudes, de interferências de terceiros e de preconceitos religiosos e sociais, que podem interferir em desviá-lo do intento visado.
  • Submeter sua vontade, vencendo suas paixões inferiores, em busca do domínio de si próprio, e também aprontando-se interiormente para os testemunhos que lhe serão exigidos futuramente na Ordem.
  • Aqueles que como Homens do Mundo Profano, não tinham rumo ou ideal definitivo como tem agora como Maçons, de forma definitiva e segura.
  • Na sua procura pela ‘Verdade’, e
  • Na busca de dominar suas tendências para os ‘vícios, os hábitos negativos e as paixões destrutivas’.

O Telhamento é este instrumento de exame, que auxilia os integrantes de toda Loja visitada, a verificar se o visitante é um bom, legítimo e fiel Irmão.

Porém, se observado atentamente, descobre-se no Telhamento muitos conhecimentos que vão além de simples frases de um questionário seletivo, e como dito, poderão auxiliar muito o Aprendiz no trabalho de ‘desvencilhar-se de seus Defeitos e Paixões’.

Assim, com isso o Aprendiz poderá concorrer e colaborar para a Construção Moral da Humanidade – a Verdadeira Obra da Maçonaria.

Dentre os vários Ritos praticados no Brasil, apenas a título ilustrativo, e em consideração de que as adaptações entre os textos referentes ao Telhamento são absolutamente irrisórias e praticamente insignificantes, como deveria ser, optou-se pelo constante do Rito Adonhiramita, demonstrando que se compõem dos seguintes importantes questionamentos:

1) P: S m?

R: Todos mm∴ AAm∴ IIrm∴ c∴ t∴ m∴ r∴.

2) P: D o v?

R: De uma L∴ de S J.

3) P: Q t?

R: A, P e P a todos os meus IIrm∴.

Neste instante o visitante está se colocando diante de seus Irmãos visitados em atitude:

com as quais estes Irmãos poderiam contar em quaisquer circunstâncias.

E continuando:

4) P: N m t?

R: O Ven∴ M∴ de minha Loj∴ v∴ s∴ p∴ t∴ v∴ t∴.

5) P: Q se f em v L∴?

R: Ll TT∴ á V e Cc m aos V.

Significa que na Loja a que pertence o visitante, o ensinam a despreocupar-se:

Ensinam ainda que deve ser justo e verdadeiro em tudo, buscando enaltecer as virtudes, sem ferir, no entanto, aqueles que não a possuam.

E em complemento, demonstram que deve fazer sempre pelo Bem e praticar a Caridade, e ainda realizar esforços permanentes quanto á própria melhoria, porque há sempre falhas a corrigir e coisas novas a conquistar.

E complementando:

6) P: Q vv a f?

R: V Mm Pp, s m v e f n Pp na M.

Ou seja, deve o Aprendiz auscultar cuidadosamente seus sentimentos, para descobrir a forma de prosseguir no árduo e recompensador trabalho de seu aperfeiçoamento moral.

Preparando-se para de fato:

E concluindo:

7) P: Q d meu Ir∴?

R: U l e Vv!

Isto é, um ‘l e’:

Finalizando, ressalta-se que se o Aprendiz:

vier a deter-se para refletir sobre o Espírito Maçônico contido no Telhamento, certamente se motivará a uma conduta baseada no respeito e no bom senso.

E assim, contribuirá de forma bastante positiva para que a Maçonaria venha a compor o seu Eu Interior de forma serena, silenciosa e soberana, auxiliando-o no seu processo de lapidação em benefício de seu próprio Espírito!


BELO HORIZONTE – MG  

A∴ M∴ HUGO MATEUS DE SOUZA CORDEIRO

A∴ R∴ L∴ S∴ CINCO DE JUNHO II – Nº 378

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JUNIOR, Raymundo D´Elia. Maçonaria: 100 Instruções de Aprendiz – 9. ed. – São Paulo, 2019, Madras.

GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro – São Paulo, 2009.

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