PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...
QUAL A IMPORTÂNCIA DO FUNDO MUSICAL EM NOSSAS REUNIÕES?
Ir.·. Frederico José Gervásio Aburachid - Aprendiz Maçcom
Embora seja difícil encontrar explicações científicas sobre a importância do fundo musical para Maçonaria, o tema é bastante interessante.
A maioria das obras consultadas, artigos e textos que têm como objeto o estudo de nossa Sublime Ordem, abordam a matéria, a nosso sentir, de forma superficial, ignorando seus significados histórico, cultural, humanista e evolucionista.
Na prática experimentada em cerimônias maçônicas, não há dúvida de que o enredo musical é de extrema relevância para a construção de um ambiente espiritualmente elevado, equilibrado e indutor de pensamentos positivos. Não é por outra razão que o Irmão responsável pela música ocupa o cargo de Mestre de Harmonia. O fundo musical traduz a harmonia em seu sentido amplo.
Já dizia o poeta que “a música toca a alma . Serve de alimento para o espírito“. Tinha razão. Se assim o é, tal como sentimos nitidamente quando o Ritual é realizado, podemos afirmar que a música, embora intangível, materializa-se nas vibrações de nosso corpo, nos impulsos de nossa retórica, no próprio batimento cardíaco que se altera conforme o som.
Não há dúvida de que a música interfere em nossos sentimentos durante as cerimônias, na energia que alcança cada um dos Irmãos desde a preparação para entrar no Templo. Ao final da Sessão, por sua vez, a música dá o toque final de que o trabalho do dia foi concluído. Os Irmãos estão prontos para retornar ao mundo profano e enfrentar os desafios da nobre missão de “levantar templos a Virtude e cavar masmorras ao vício.” Sem restringir este trabalho à literatura maçônica, pode-se afirmar que o mundo profano tambem reconhece a importância da música em diversos campos da Ciência. Admite-se, hoje, a chamada “musica objetiva” e a “musicoterapia” para o tratamento de doenças degenerativas, bem como na recuperação de pacientes em procedimentos pós-cirúrgicos.
Para se ter idéia do alcance dos trabalhos desenvolvidos por seus defensores, há relatos de sua utilização inclusive no tratamento de fonoaudiologia de crianças com deficiência auditiva. Segundo estudo de DEBORA OLIVEIRA GRANHA da PUC/SP, sob o título “A utilização de músicas infantis na terapia fonoaudiológica da criança deficiente auditiva”, as situações apresentadas revelaram importante contribuição na teparia de linguagem da criança deficiente, com ênfase na audição residual:
“Pôde ser observado que as situações de cantar propiciaram que a criança e a terapeuta compartilhassem brincadeiras, tornando o contexto terapêutico rico e prazeroso. Os resultados encontrados apontaram para elementos, como: incluir um personagem imaginário na brincadeira, utilizar a partitura desenhada para cantar, brincar com a voz, criar uma nova composição, entre outros. Algumas características inerentes à forma da música foram evidenciadas em situações de repetição, podendo-se notar a imitação de curvas melódicas, a inflexão de fragmentos cantados e o prolongamento de sílabas acentuadas para completar a frase musical.”
Temos, pois, que está cientificamente provada a valorosa contribuição da música, não apenas para despertar o sentido auditivo, mas tambem para a melhora de outros sentidos do ser humano, como a visão e o tato. Seu poder sob o enfoque da psicologia tambem merece destaque
nas terapias cognitivo-comportamentais, dentre outras voltadas para o controle da ansiedade e depressão. O poder criativo da pessoa é sempre ampliado de forma significativa.
De acordo com a doutrina consultada, os cantos modernos derivam dos cantos gregorianos e dos cantos dos Hebreus. Sua manifestação formal passa pela escrita antiga, moderna, símbolos musicais e, atualmente, a versão eletrônica, cujos arranjos são elaborados por computadores.
Há registros de que as Lojas Maçônicas executavam o fundo musical com acompanhamento de um órgão e outros instrumentos. Um dos Irmãos, acumulando o cargo de Mestre de Harmonia, ficava responsável por esta tarefa. Aos poucos, houve a substituição progressiva da música ao vivo, pela música dos gramofones, vitrolas e, hoje, através de modernos aparelhos de som. Se por um lado, perdeu-se a presença do músico, noutra vertende ganhou-se com a diversidade cultural, variedade de repertórios, maior harmonia em todo o templo à vista dos equipamentos disponíveis para a equalização do som, etc.
Não há, obrigatoriamente, uma música ou tipo musical a ser tocado durante os Rituais. Cumpre ao Mestre de Harmonia, cujo nome do cargo já revela a virtude que lhe ocupa, selecionar aquelas que melhor traduzem a Cerimonia e os eventos durante as reuniões. Não precisa ser música clássica, popular ou folclórica, mas deve ser afastada qualquer letra que transmita valores contrários aos defendidos pela Sublime Ordem ou que sejam vedados por suas leis e regulamentos.
Por uma questão de lógica e bom senso, o repertório deverá acompanhar o simbolismo que compreende cada Grau. Por exemplo: Nos Graus Cavalheirescos, não se poderá ter um fundo musical moderno. Nos Graus Judáicos, a música será dos “psaíterios”, etc. Deprende-se da leitura de alguns autores, como Pedro Neves, que as Lojas Maçonicas deveriam prestigiar mais letras de Irmãos que são ou foram músicos. É o caso, por exemplo, da música “Acácia Amarela” do irmão Luiz Gonzaga, cujo fragmento é válido transcrever:
“Ela é tão linda É tão bela, Aquela Acácia Amarela Que a minha casa tem Aquela casa direita Que é tão justa e perfeita Onde eu me sinto tão bem”
“Sou um feliz operário Onde aumento de salário Não tem luta nem discórdia Ali o mal é submerso E o Grande Arquiteto do Universo É harmonia é concordia É harmonia é concordia.”
O mestre Pedros Neves em seu clássico “Análise do Ritual do Aprendiz Maçom”, presta justa homenagem ao saudoso Irmão Luiz Gonzaga, ressaltando a sua importância para a Maçonaria brasileira.
Da mesma forma, Bruno Pagani Quadros homenageia Ama-Deus, que foi a membro ativo em uma das Lojas de Viena, tendo composto inúmeros registros musicais para a nossa Sublime Ordem. Para os que desconhecem, Ama-Deus foi Mozart. Dentre várias composições, destacase a opera Flauta Mágica.
Ainda Segundo registros de Bruno Pagani Quadros, em sua obra “O Pensador do Primeiro Grau“, a História da Música e da Maçonaria estão ligadas não só na Ritualística e no significado da palavra “cantaria“, que deriva de canto e designa a “pedra” lavrada para construções, mas tambem no Livro da Lei, como no Salmo 150 que exalta a música como “ponte para o Grande Arquiteto do Universo”. Válido transcrever a inspiração do Salmista:
“Louvai-o senhor em seu santuário. Louvai-o em seu majestoso firmamento. Louvai-o por sua majestade infinita! Louvai-o com a lira a cítara, Louvai-o tímpanos e danças, Louvai-o com a harpa e a flauta, Louvai-o com címbalos sonoros, Louvai-o com címbalos retumbantes! Tudo o que respira louve o Senhor.”
Note-se que a música é instrumento consagrado pelo Salmista para celebrar o diálogo com o Grande Arquiteto do Universo. Por essa razão tambem podemos afirmar a presença marcante de músicas em Rituais religiosos, sejam da Igreja Católica, Evangélica ou de outros Credos.
Nosso mestre Rizzardo da Camino, em sua obra Vade-Mecun Maçônico, retrata a finalidade e importância do Fundo Musical nos seguintes fragmentos:
“Nada pode ser iniciado sem a preparação mental; o silêncio inicial é interrompido pela melodia adequada, condutora do pensamento para páramos mais elevados, para uma verticalidade interior, em um ‘mergulho’ para dentro, como se, do Átrio, o caminho para o Templo passasse por nós mesmos, pela nossa Alma, pelo nosso Espirito”
E continua:
O fundo musical deverá conduzir à meditação; é o momento da preparação, quando os Irmãos se conscientizam do que estão fazendo dentro do Templo. As vibrações sonoras neutralizam os pensamentos dispersivos; passa a haver uma completa harmonização entre todos os pensamentos.”
Como se verifica, o fundo musical completa a ritualista à medida que prepara espiritualmente os Irmãos.
A esse respeito, o ilustrado Rizzardo da Camino enumera várias situações que se faz necessária a presença da música durante o Ritual. Cite-se os momentos de abertura do Livro Sagrado, assim quando é fechado, que se deve prestigiar o uso de música de câmara ou religiosa.
Da mesma forma, durante a “Cadeia de União”, cabe ao Mestre de Harmonia ter rigorosa atenção ao fundo musical escolhido, tendo em vista tratar-se de momento de forte relevância espiritual, quando cada um dos irmãos pretende receber e transmitir energias, dentre outras importantes finalidades.
Por outro lado, nos giros executados pelo Mestre-de-Cerimônias e pelo Hospitaleiro, ainda segundo Rizzardo da Camino, ambos devem ser executados silenciosamente por obedecerem a uma ordem hierárquica. Nas reuniões econômicas tambem é dispensado o uso da música.
Assunto extremamente relevante e que se encontra na Ordem do Dia dos estudos maçônicos da Aug.’.Resp.’. L..’. S.’. General José Maria Moreira Guimarães 0562, é a contribuição do fundo musical para a formação da EGRÉGORA durante as reuniões. A esse respeito, MARTHA FOLLAIN explica o seguinte:
“A Egrégora é a somatória de energias criadas por grupos ou agrupamentos em virtude da força vibratória gerada por cada indivíduo. Essa força é maior e de vibração diferente da de cada um. A egrégora é resultante de uma energia sinergética. E qualquer que seja a natureza da egrégora ela estará presente em cada indivíduo do grupo que a formou, confirmando o Paradigma Holográfico do físico David Bohm.”
A autora defende a aplicação do princípio da vibração na formação da Egrégora, o seu grau de intensidade e força. Para a autora, opinião que compartilhamos, tudo vibra, e, em especial, os seres humanos. O seu grau de vibração varia conforme as suas emoções. As vibrações poderão traduzir energias positivas e negativas, influenciando diretamente na formação da Egrégora durante as reuniões maçônicas.
Assim sendo, o fundo musical durante as reuniões é imprescindível. A música influenciará nas vibrações de cada um daqueles que compõem o grupo reunido e, por conseqüência, contribuirá para a formação da Egrégora que se almeja, capaz de contribuir para a evolução do maçom, como forte fonte de energia na sua vida.
Bibliografia:
CAMINO, Rizzardo da. O Aprendiz Maçom – As benesses do Aprendizado Maçônico. Madras Editora. São Paulo, 2000. __________________ Vade-Mécum do Simbolismo Maçônico. Madras Editora. São Paulo, 2006.
GRANHA, Debora Oliveira. A utilização de músicas infantis na terapia fonoaudiológica da criança deficiente auditiva. Disponível em http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1450.
GRANDE ORIENTE DO BRASIL, Publicação do Ritual do 1º Grau – Aprendiz, 2001.
FOLLAIN, Martha. Egrégora e Maçonaria. Disponível no site “Florais e Cia“. www.floraisecia.com.br
NEVES, Pedro e NEVES, Péricles. Maçonaria - Análise do Ritual de Aprendiz Maçom – Rito Escocês Antigo e Aceito. 1ª Edição. Edição Pedro Neves. Belo Horizonte, 2008.
QUADROS, Bruno Pagani. O pensador do Primeiro Grau. Editora Maçônica “A Trolha” Lt
Ir.·. Frederico José Gervásio Aburachid - Aprendiz Maçcom
Embora seja difícil encontrar explicações científicas sobre a importância do fundo musical para Maçonaria, o tema é bastante interessante.
A maioria das obras consultadas, artigos e textos que têm como objeto o estudo de nossa Sublime Ordem, abordam a matéria, a nosso sentir, de forma superficial, ignorando seus significados histórico, cultural, humanista e evolucionista.
Na prática experimentada em cerimônias maçônicas, não há dúvida de que o enredo musical é de extrema relevância para a construção de um ambiente espiritualmente elevado, equilibrado e indutor de pensamentos positivos. Não é por outra razão que o Irmão responsável pela música ocupa o cargo de Mestre de Harmonia. O fundo musical traduz a harmonia em seu sentido amplo.
Já dizia o poeta que “a música toca a alma . Serve de alimento para o espírito“. Tinha razão. Se assim o é, tal como sentimos nitidamente quando o Ritual é realizado, podemos afirmar que a música, embora intangível, materializa-se nas vibrações de nosso corpo, nos impulsos de nossa retórica, no próprio batimento cardíaco que se altera conforme o som.
Não há dúvida de que a música interfere em nossos sentimentos durante as cerimônias, na energia que alcança cada um dos Irmãos desde a preparação para entrar no Templo. Ao final da Sessão, por sua vez, a música dá o toque final de que o trabalho do dia foi concluído. Os Irmãos estão prontos para retornar ao mundo profano e enfrentar os desafios da nobre missão de “levantar templos a Virtude e cavar masmorras ao vício.” Sem restringir este trabalho à literatura maçônica, pode-se afirmar que o mundo profano tambem reconhece a importância da música em diversos campos da Ciência. Admite-se, hoje, a chamada “musica objetiva” e a “musicoterapia” para o tratamento de doenças degenerativas, bem como na recuperação de pacientes em procedimentos pós-cirúrgicos.
Para se ter idéia do alcance dos trabalhos desenvolvidos por seus defensores, há relatos de sua utilização inclusive no tratamento de fonoaudiologia de crianças com deficiência auditiva. Segundo estudo de DEBORA OLIVEIRA GRANHA da PUC/SP, sob o título “A utilização de músicas infantis na terapia fonoaudiológica da criança deficiente auditiva”, as situações apresentadas revelaram importante contribuição na teparia de linguagem da criança deficiente, com ênfase na audição residual:
“Pôde ser observado que as situações de cantar propiciaram que a criança e a terapeuta compartilhassem brincadeiras, tornando o contexto terapêutico rico e prazeroso. Os resultados encontrados apontaram para elementos, como: incluir um personagem imaginário na brincadeira, utilizar a partitura desenhada para cantar, brincar com a voz, criar uma nova composição, entre outros. Algumas características inerentes à forma da música foram evidenciadas em situações de repetição, podendo-se notar a imitação de curvas melódicas, a inflexão de fragmentos cantados e o prolongamento de sílabas acentuadas para completar a frase musical.”
Temos, pois, que está cientificamente provada a valorosa contribuição da música, não apenas para despertar o sentido auditivo, mas tambem para a melhora de outros sentidos do ser humano, como a visão e o tato. Seu poder sob o enfoque da psicologia tambem merece destaque
nas terapias cognitivo-comportamentais, dentre outras voltadas para o controle da ansiedade e depressão. O poder criativo da pessoa é sempre ampliado de forma significativa.
De acordo com a doutrina consultada, os cantos modernos derivam dos cantos gregorianos e dos cantos dos Hebreus. Sua manifestação formal passa pela escrita antiga, moderna, símbolos musicais e, atualmente, a versão eletrônica, cujos arranjos são elaborados por computadores.
Há registros de que as Lojas Maçônicas executavam o fundo musical com acompanhamento de um órgão e outros instrumentos. Um dos Irmãos, acumulando o cargo de Mestre de Harmonia, ficava responsável por esta tarefa. Aos poucos, houve a substituição progressiva da música ao vivo, pela música dos gramofones, vitrolas e, hoje, através de modernos aparelhos de som. Se por um lado, perdeu-se a presença do músico, noutra vertende ganhou-se com a diversidade cultural, variedade de repertórios, maior harmonia em todo o templo à vista dos equipamentos disponíveis para a equalização do som, etc.
Não há, obrigatoriamente, uma música ou tipo musical a ser tocado durante os Rituais. Cumpre ao Mestre de Harmonia, cujo nome do cargo já revela a virtude que lhe ocupa, selecionar aquelas que melhor traduzem a Cerimonia e os eventos durante as reuniões. Não precisa ser música clássica, popular ou folclórica, mas deve ser afastada qualquer letra que transmita valores contrários aos defendidos pela Sublime Ordem ou que sejam vedados por suas leis e regulamentos.
Por uma questão de lógica e bom senso, o repertório deverá acompanhar o simbolismo que compreende cada Grau. Por exemplo: Nos Graus Cavalheirescos, não se poderá ter um fundo musical moderno. Nos Graus Judáicos, a música será dos “psaíterios”, etc. Deprende-se da leitura de alguns autores, como Pedro Neves, que as Lojas Maçonicas deveriam prestigiar mais letras de Irmãos que são ou foram músicos. É o caso, por exemplo, da música “Acácia Amarela” do irmão Luiz Gonzaga, cujo fragmento é válido transcrever:
“Ela é tão linda É tão bela, Aquela Acácia Amarela Que a minha casa tem Aquela casa direita Que é tão justa e perfeita Onde eu me sinto tão bem”
“Sou um feliz operário Onde aumento de salário Não tem luta nem discórdia Ali o mal é submerso E o Grande Arquiteto do Universo É harmonia é concordia É harmonia é concordia.”
O mestre Pedros Neves em seu clássico “Análise do Ritual do Aprendiz Maçom”, presta justa homenagem ao saudoso Irmão Luiz Gonzaga, ressaltando a sua importância para a Maçonaria brasileira.
Da mesma forma, Bruno Pagani Quadros homenageia Ama-Deus, que foi a membro ativo em uma das Lojas de Viena, tendo composto inúmeros registros musicais para a nossa Sublime Ordem. Para os que desconhecem, Ama-Deus foi Mozart. Dentre várias composições, destacase a opera Flauta Mágica.
Ainda Segundo registros de Bruno Pagani Quadros, em sua obra “O Pensador do Primeiro Grau“, a História da Música e da Maçonaria estão ligadas não só na Ritualística e no significado da palavra “cantaria“, que deriva de canto e designa a “pedra” lavrada para construções, mas tambem no Livro da Lei, como no Salmo 150 que exalta a música como “ponte para o Grande Arquiteto do Universo”. Válido transcrever a inspiração do Salmista:
“Louvai-o senhor em seu santuário. Louvai-o em seu majestoso firmamento. Louvai-o por sua majestade infinita! Louvai-o com a lira a cítara, Louvai-o tímpanos e danças, Louvai-o com a harpa e a flauta, Louvai-o com címbalos sonoros, Louvai-o com címbalos retumbantes! Tudo o que respira louve o Senhor.”
Note-se que a música é instrumento consagrado pelo Salmista para celebrar o diálogo com o Grande Arquiteto do Universo. Por essa razão tambem podemos afirmar a presença marcante de músicas em Rituais religiosos, sejam da Igreja Católica, Evangélica ou de outros Credos.
Nosso mestre Rizzardo da Camino, em sua obra Vade-Mecun Maçônico, retrata a finalidade e importância do Fundo Musical nos seguintes fragmentos:
“Nada pode ser iniciado sem a preparação mental; o silêncio inicial é interrompido pela melodia adequada, condutora do pensamento para páramos mais elevados, para uma verticalidade interior, em um ‘mergulho’ para dentro, como se, do Átrio, o caminho para o Templo passasse por nós mesmos, pela nossa Alma, pelo nosso Espirito”
E continua:
O fundo musical deverá conduzir à meditação; é o momento da preparação, quando os Irmãos se conscientizam do que estão fazendo dentro do Templo. As vibrações sonoras neutralizam os pensamentos dispersivos; passa a haver uma completa harmonização entre todos os pensamentos.”
Como se verifica, o fundo musical completa a ritualista à medida que prepara espiritualmente os Irmãos.
A esse respeito, o ilustrado Rizzardo da Camino enumera várias situações que se faz necessária a presença da música durante o Ritual. Cite-se os momentos de abertura do Livro Sagrado, assim quando é fechado, que se deve prestigiar o uso de música de câmara ou religiosa.
Da mesma forma, durante a “Cadeia de União”, cabe ao Mestre de Harmonia ter rigorosa atenção ao fundo musical escolhido, tendo em vista tratar-se de momento de forte relevância espiritual, quando cada um dos irmãos pretende receber e transmitir energias, dentre outras importantes finalidades.
Por outro lado, nos giros executados pelo Mestre-de-Cerimônias e pelo Hospitaleiro, ainda segundo Rizzardo da Camino, ambos devem ser executados silenciosamente por obedecerem a uma ordem hierárquica. Nas reuniões econômicas tambem é dispensado o uso da música.
Assunto extremamente relevante e que se encontra na Ordem do Dia dos estudos maçônicos da Aug.’.Resp.’. L..’. S.’. General José Maria Moreira Guimarães 0562, é a contribuição do fundo musical para a formação da EGRÉGORA durante as reuniões. A esse respeito, MARTHA FOLLAIN explica o seguinte:
“A Egrégora é a somatória de energias criadas por grupos ou agrupamentos em virtude da força vibratória gerada por cada indivíduo. Essa força é maior e de vibração diferente da de cada um. A egrégora é resultante de uma energia sinergética. E qualquer que seja a natureza da egrégora ela estará presente em cada indivíduo do grupo que a formou, confirmando o Paradigma Holográfico do físico David Bohm.”
A autora defende a aplicação do princípio da vibração na formação da Egrégora, o seu grau de intensidade e força. Para a autora, opinião que compartilhamos, tudo vibra, e, em especial, os seres humanos. O seu grau de vibração varia conforme as suas emoções. As vibrações poderão traduzir energias positivas e negativas, influenciando diretamente na formação da Egrégora durante as reuniões maçônicas.
Assim sendo, o fundo musical durante as reuniões é imprescindível. A música influenciará nas vibrações de cada um daqueles que compõem o grupo reunido e, por conseqüência, contribuirá para a formação da Egrégora que se almeja, capaz de contribuir para a evolução do maçom, como forte fonte de energia na sua vida.
Bibliografia:
CAMINO, Rizzardo da. O Aprendiz Maçom – As benesses do Aprendizado Maçônico. Madras Editora. São Paulo, 2000. __________________ Vade-Mécum do Simbolismo Maçônico. Madras Editora. São Paulo, 2006.
GRANHA, Debora Oliveira. A utilização de músicas infantis na terapia fonoaudiológica da criança deficiente auditiva. Disponível em http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1450.
GRANDE ORIENTE DO BRASIL, Publicação do Ritual do 1º Grau – Aprendiz, 2001.
FOLLAIN, Martha. Egrégora e Maçonaria. Disponível no site “Florais e Cia“. www.floraisecia.com.br
NEVES, Pedro e NEVES, Péricles. Maçonaria - Análise do Ritual de Aprendiz Maçom – Rito Escocês Antigo e Aceito. 1ª Edição. Edição Pedro Neves. Belo Horizonte, 2008.
QUADROS, Bruno Pagani. O pensador do Primeiro Grau. Editora Maçônica “A Trolha” Lt
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