PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...
O INTEGRALISMO E AÇÃO
INTEGRALISTA BRASILEIRA - AIB
1 - O INTEGRALISMO ONTEM
O Integralismo foi um
partido e movimento político surgido no Brasil na década
de 30, foi um movimento de extrema-direita fundado em 1932, com o nome de Ação
Integralista Brasileira (AIB), pelo jornalista Plínio Salgado quando lançou o
Manifesto de Outubro.
A AIB tinha três líderes
principais – Plinio Salgado, Miguel Reale e Gustavo Barroso e alguns inimigos:
O Capitalismo Internacional e o judaísmo e a maçonaria, por considerá-la
secreta contrariando o CAP VI do manifesto de 7 de outubro. Os textos
doutrinários de Salgado e Reale eram menos explícitos em relação ao
antissemitismo, não atacavam os imigrantes Judeus brasileiros, mas o
Capitalismo e o Comunismo judaicos internacionais.
O antissemitismo se
tornou um tema recorrente e em panfletos da organização dizendo que os judeus
assumiriam o controle das finanças internacionais. A AIB combatia ao mesmo
tempo capitalismo, comunismo e socialismo, defendendo que eles faziam parte de
um mesmo complô secreto que deveria ser derrotado.
A ideologia integralista no
manifesto de 1932 defende pontos doutrinários oriundos do seu lema “Deus,
Pátria e Família”, tratando-se de um manifesto espiritualista, com forte
dimensão nacionalista apoiada na organização corporativa da sociedade. Acusavam
os integralistas de ter um grau de identidade com os aspectos da ideologia fascista,
movido pela defesa do nacionalismo radical e pela negação de um pluralismo
político, ou seja, partido único. Para Plínio Salgado a religiosidade era
condição essencial para um militante do integralismo, ainda que, não houvesse
preferência por uma doutrina específica. Na prática não escondia a simpatia
pelo catolicismo.
Os integralistas
procuravam demonstrar seu distanciamento em relação à Alemanha e seu partido,
pois queriam ser vistos como um partido genuinamente nacional, adotando o
modelo de miscigenação contrapondo o modelo alemão da raça pura. Naquela época
existia no Brasil uns 2.900 nazistas, mais de 100 mil cidadãos alemães e
descendentes e o integralismo representava uma ameaça a vida cultural alemã
dentro do país, embora o esforço para manter a neutralidade vigorou por muito
tempo mesmo depois da política de nacionalização de Getúlio Vargas.
A Ação apareceu eu muitos
lugares como um espaço intelectual para dirigir os destinos do país sem o
controle das oligarquias e pelos coronéis. O quadro partidário era atraído
pelos desfiles de integralistas uniformizados, cheios de símbolos e rituais.
A AIB funcionou legalmente
como partido político até o golpe do Estado Novo, em 1937. O breve período de
existência não diminuiu o seu impacto na década de 30 como matriz ideológica de
grupos políticos posteriores e de movimentos atuais de extrema-direita e
extrema-esquerda, que defendem uma sociedade sem liberdade de expressão e de
ação. O integralismo pretendia representar setores populares não incluídos na
política tradicional. A presença de mulheres, jovens e crianças no nos quadros
da Ação confirma o desejo de representar esses outros grupos.
Em 1937 a AIB foi
fechada no Estado Novo quando Getúlio
Vargas se deu conta que um partido organizado e mobilizado seria uma ameaça
para o regime , a Marcha de 35 mil integralistas e o ataque ao Palácio da
Guanabara obrigou Plinio Salgado a exilar -se em Portugal até 1946 e seus
militantes aos milhares eram perseguidos torturados e mortos pela polícia política do Estado Novo,
cujos crimes não foram vistos e nem revistos pela “Comissão da Verdade”
instalada para o período de 1946/1985, para tal fim.
Os integralistas tinham o Sigma como
seu símbolo maior, aprendiam gestos, palavras de ordem, vestiam uniforme e
participavam de celebrações, o Papai Noel foi substituído pelo Vovô Índio.
O símbolo do Sigma
O Sigma é um símbolo
matemático que para os integralistas indica um Estado único e integral, e
também indica a soma dos números infinitamente pequenos representando os membros
do AIB. É também o nome da Estrela Polar do hemisfério sul.
O Lema
Deus, pátria e família. Deus
que dirige o destino dos povos. Pátria nosso Lar, Família o princípio e o fim
de tudo.
A Bandeira
A Bandeira da AIB tinha as cores azul e branca
As vestimentas
Predominava o verde inglês
para os homens, a camisa de brim, gravata preta e o gorro verde de duas pontas,
calça branca ou preta na zona rural a cor caqui era permitida. As mulheres
usavam a mesma camisa verde e saia preta ou branca, com o sigma no braço
esquerdo.
O
cumprimento
Anauê e a saudação de origem
tupi que significa “você é meu parente”
A saudação
O braço direito estendido era
erguido bruscamente até a posição vertical.
Seu hino era o Avante, foi
escrito pelo Plinio Salgado.
2 - O INTEGRALISMO HOJE
A
Constituição de 1946 e nas seguintes o AIB não foi banida porque não tinha o
que banir ela já não existia, em consequência disto foi criado o PRP (Partido
de Representação Nacional) que acolheu os ex-integralistas. O discurso
ideológico do PRP reconciliou-se com a liberal-democracia.
Na redemocratização, pelo PRB, Salgado chegou em
1955 a candidatar-se à Presidência da República. Para fazer aliança os
integralistas exigiam que os partidos aliados declarassem em sua doutrina que
era democrática. Dessa forma contribuíram para a eleição de candidatos de
diverso partidos que nada tinham haver com o integralismo: o trabalhista
Brizola, governador do RGS pelo PTB em 1958, Ademar de Barros em 1962,
governador de São Paulo pelo PSB, Governos do Juscelino em 56-60, Jânio Quadros
em 1961 e João Goulart 1961 a 1964, em todos esses governos os Integralistas
ocuparam a presidência do Instituto Nacional de Imigração e Colonização.
Os integralistas
também criaram Organizações voltadas para os trabalhadores – União Operária e Camponesa
do Brasil e para as mulheres – Ação Patriótica das mulheres Brasileiras,
criaram, ainda, os Centros Culturais da Juventude a OCIP, serviço de Imprensa e
Propaganda.
Hoje o principal
núcleo e a Frente Integralista Brasileira (FIB) fundada em 2005, defende alguns
pontos doutrinários de Salgado, possui forte vínculo com o PRTB.
Doutrina socioeconômica da FIB
Baseada no Distributismo
tem suas raízes nas teorias sociais e econômicas articuladas nos documentos dos
pontífices católicos, começando com o Papa Leão XIII, na Rerum Novarum. O
Distributismo é um sistema econômico de acordo com os princípios desses
documentos, e é centrado na posse de
grandes extensões de terra, como a melhor garantia da liberdade política e
econômica. Uma família que tenha sua própria terra ou suas próprias ferramentas
pode levar sua vida sem ser dependente de um emprego oferecido por terceiros.
Assim, o Distributismo almeja estender
a propriedade para o maior número possível de proprietários, e acabar com a
concentração da propriedade nas mãos de poucos capitalistas,
CONCLUSÃO
O Integralismo defende
a tradição a moral, a meritocracia e a família.
Sua pretensão é chegar
ao poder por vias legais, ou seja respeitando as leis e o regime vigente,
descartando qualquer hipótese golpe.
O Integralismo
distanciou-se do fascismo italiano por ser contrário ao estado totalitário e do
nazismo por ser contrário ao racismo.
o Integralismo jamais
condenou oficialmente a maçonaria ou proibiu o ingresso de maçons nas suas
fileiras,
Bibliografia:
Revista de História da
Biblioteca Nacional Ano 06
nº 61 Out 2010.
CYRYNOWICZ, R. Força e a pátria
em ação.
Alberto da Costa e Silva –
Historiador e Membro da Academia Brasileira de letras.
Marco Rodrigo Almeida – Jornal
o Estado de São Paulo - Edição Impressa 29Dez18
FIB – internet.
Belo Horizonte, 11 de março de
2019
Carlos Roberto Duarte – Mestre
Maçom.
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