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O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS

PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS  O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...

HISTORIA DO RITO BRASILEIRO



Historia do rito Brasileiro

         HOMO HOMINIS FRATER, ou seja, O homem é irmão do homem.
         Pra falar do Rito Brasileiro deveremos antes falar um pouco de outros ritos, pois todos têm suas formas e suas essências, a pluralidade de ritos é uma característica da Maçonaria Universal, assim também no Brasil, nenhum maçom que pratica um rito minoritário pretende suplantar o rito Escocês, qualquer tentativa  maçônica de enfraquecer o rito Escocês é uma tentativa suicida pois atenta contra a própria ordem.   
         A historia da maçonaria no Brasil se inicia nos anos de 1801, vinte e um ano antes de se ser criado o Grande Oriente Brasiliano em 1822, pelo irmão José  Bonifácio de Andrada, bem em 1801 foi fundada no Rio de Janeiro a loja União que adotou o rito Adonhiramita, sendo reconhecida pelo grande oriente de França, pois só em 1822 que foi criada uma potencia em nosso pais como já falei antes.
         Outras lojas foram surgindo nos estados da Bahia e Pernambuco, também sob o comando do Grande Oriente Lusitano e de França, a loja Comercio e Artes fundada em 24 de junho de 1815 no Rio de janeiro, essa loja que vinha trabalhando de maneira independente, não era filiada a qualquer potencia internacional porque já tinha em mente a fundação de uma potencia Brasileira.
         Em 1822 a loja Comércio e Artes, se dividiu em três lojas Comercio e Artes, união e tranqüilidade e Esperança de Niterói, grupo que serviu de base para criação do Grande Oriente Brasiliano em 17 de junho de 1822, mantiveram o rito Adonhiramita e algumas adotaram o rito Moderno ou Francês.
         Após o fechamento da maçonaria brasileira pelo Imperador D Pedro l naquele mesmo ano, passaria nove logos anos adormecida, até que o imperador teve que tomar posse do trono de Portugal pois seu pai vinha a falecer, quando fez abdicação ao seu filho Pedro ll, com doze anos de idade, e deixando como tutor nosso irmão José  Bonifácio  de Andrada.
         O rito Moderno ou Francês, pela simplicidade de seus procedimentos ritualístico, ganhou corpo nessa fase, sendo adotado pela maioria das lojas no final século dezenove   e inicio do século vinte, reinstalado o Grande Oriente Brasiliano e 23 de novembro de1831, o irmão José Bonifácio propôs a adoção do rito Moderno como rito oficial das reuniões do Grande Oriente Brasiliano, tradição que se mantém até os dias atuais.
         Essa hegemonia temporária estava fadada a desaparecer com a introdução do rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil, dois anos antes da reinstalação do GOB em 1829, o nosso irmão Joaquim Gonçalves Ledo fundou a loja Educação e Moral no Rio de Janeiro trabalhando no rito Escocês, sendo ela o germe inicial do rito Escocês em nosso pais.
         A loja Educação e Moral do irmão Gonçalves Ledo seria portanto, o pólo inicial de uma gigantesca constelação de outras lojas que adotariam e consagraria o rito Escocês no Brasil, tornando-o amplamente majoritário sobre os demais ritos conhecidos e praticados pela Maçonaria Brasileira, ao contrario do rito Moderno que é agnóstico, (doutrina que considera o absoluto inacessível ao espírito humano) e o Escocês é Deista  (sistema dos que embora rejeitam toda espécie de revelação divina acreditam em Deus) identificou-se rapidamente com a índole do povo maçônico brasileiro, que foi adotado sistematicamente na maioria das lojas da federação.
         O segredo, portanto, de um rito bem-sucedido  muito mais do que sua características particulares, reside na vigilância constante e na atuação permanente de sua oficina chefe que é o Supremo Conselho do rito Escocês que a mais de 178 anos de trabalhos ininterruptos e profícuos dentro da maçonaria brasileira.
         O Rito Brasileiro é teísta (doutrina que admite a existência de Deus) fundado oficialmente pelo GOB em 1914, onde se inicia a primeira etapa de sua conturbada historia, não teve a mesma sorte que o Escocês, embora naquela época  em que foi assinado o decreto de sua fundação, não conheceu nenhuma constituição, rituais nem oficina chefe do rito, que seriam os elementos mínimos necessários para sua sobrevivência naquela ocasião, os fatos narrados na historia do rito brasileiro, fruto de uma grande pesquisa pode afirmar que ele foi boicotado pelos seus próprios criadores desprezaram e se afastaram inexplicavelmente dele.
         O rito criado pelo irmão Lauro Sodré e alguns irmãos que participavam da cúpula do GOB na época, refletia um momento histórico que despertava a consciência nacional, em fase dos acontecimentos internacionais provocados pela 1º guerra mundial, que começou naquele mesmo ano, o irmão Lauro Sodré renunciou ao cargo de Grão-Mestre do GOB, para assumir o cargo de governador de seu estado natal, entregando também o rito brasileiro nas mãos de seu sucessor, que permitiu que o rito permanecesse em um longo período de sono até 1940, coincidentemente, no inicio de mais uma crise mundial pela eclosão da 2º guerra mundial.
         A segunda tentativa para reerguer o rito brasileiro, embora mostrando algum sinal de organização, com a publicação de uma constituição datada de 1941 e a criação de uma oficina-chefe, que denominou Conclave do Rito Brasileiro, o entusiasmo ficou apenas no papel, a referida constituição não teve aprovação do GOB que na época ainda era potencia mista, publicaram-se alguns rituais copiados de outros ritos, e o conclave sobreviveu apenas seis meses, adormecendo pouco tempo depois, provocando novo tempo de esquecimento, que somado ao anterior resultaria mais de meio século de inatividade do rito brasileiro no GOB.
         Em 1968, sendo o Grão-Mestre da ordem  o professor e irmão Álvaro Palmeira e alguns irmãos, reencetaram nova gestão para regularização do rito brasileiro, agora de forma absolutamente programada e ordenada, criando varias comissões que trabalhavam separadas e simultaneamente, cujo esforço concentrado resultou a criação de um rito novo e potencialmente estruturado, de tal maneira que com a nova constituição aprovada, os rituais dos graus simbólicos impressos e obedecendo a doutrina do próprio rito, e as oficinas litúrgicas prontas para serem  instaladas, embora com algumas limitações.
         O Rito Brasileiro, portanto criado no inicio do século passado, passa a contar sua historia contemporânea apartir desse movimento de 1968, quando sofreu um processo revulucionario, adquirindo nova roupagem e nova estrutura doutrinaria filosófica, e administrativa que coloca seguramente como segundo rito mais praticado no Grande Oriente do Brasil neste curto período de tempo, o que podemos sentir e analisar que na evolução histórica do rito, e que todos insucessos anteriores decorreram da falta de estrutura administrativa, falta de rituais e, sobretudo da falta de quem por ele se interessasse, a recompensa desse trabalho que nós amantes do rito brasileiro, sentimos é que como a nossa loja recém fundada e outras que escolheram o sistema do rito brasileiro para trabalharem, e agora com o rito consolidado, ganhou o respeito e admiração de alguns irmãos de outros ritos, mas o que nós devemos saber que o rito brasileiro é um rito dinâmico e renovado, e que devemos estudar e saber a ritualística na integra pois, os irmãos de outros ritos que, no contato com o rito brasileiro em loja aberta, tornam-se, naturalmente, veículo vivos de sua divulgação.

Geraldo Antunes de Oliveira
Mestre maçom cim 197169
Belo Horizonte 22 outubro

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