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O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS

PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS  O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...

A CIRCULAÇÃO NO ORIENTE

A CIRCULAÇÃO NO ORIENTE

O Templo Maçônico no Rito Brasileiro em seu interior recebe denominação Orientada, simbolicamente, segundo os Pontos Cardeais. Assim, no Or, se Situa o Altar; no Oc, se situa a porta de entrada; o N, é o lado Esquerdo de quem entra; o S, o lado direito. - Ritual: Rito Brasileiro 

Centralizado no fundo do Or, situa-se o Altar do Ven Mest, a sua direita o lugar destinado ao Grão-Mestre Geral ou ao Grão-Mestre Geral Adjunto na ausência de ambos o Delegado do Grão-Mestre Geral. A esquerda destina-se ao assento do Grão-Mestre Geral Estadual / Distrital ou seus Adjuntos ou o ex-Venerável Imediato da Loja durante as sessões. Na ausência das autoridades acima citadas ninguém assenta nas referidas cadeiras ficando as mesmas vazias. Ainda no fundo do Or, em ambos os lados e ao mesmo nível do Altar do Ven Mest, dispõem-se de assento à direita destinados a Autoridades da Ordem e à esquerda a Mestres Instalados conforme planta do Templo.

Para que os trabalhos da oficina transcorram de forma J e P é necessário que os irmãos se organizem no exercício de funções específicas. De modo que cada irmão que exerça um cargo maçônico, efetivo ou não, se revestirá de um colar com um pendente (Joia) respectivo(a) a sua função. E nesse trabalho falaremos dos principais cargos.

Próximo à Grade do Or, à direita do Ven Mest, há a mesa do Orador e mais à frente o lugar destinado ao Porta-Bandeira; de frente e simetricamente a ela, à esquerda do Ven Mest, a mesa do Secretário e mais à frente o lugar destinado ao Porta-Estandarte. A circulação no Or se inicia após a execução do Cortejo onde os irmãos tomam seus lugares, contudo, antecedendo ao Ven Mest, o acompanham até a Grade do Or, aguardando a passagem do Ven o Mestr de Ccer acompanha o Ven até o A, antecedendo-o.

Após a chegada do Ven a sua posição, os Vvig e Mestr de Ccer regressam, tomando os respectivos lugares. Durante a Cerimônia das Luzes os Vvig saem de seus Altares pelo lado direito deixando sobre eles os Malhetes e Rituais. Dirigem-se ao Or, à frente, o 2º Vig, e, após subirem o último degrau antes da linha divisória do Or e do Oc, junto a Grade do Or, saúdam o Ven indo postar-se, respectivamente, diante dos castiçais da B (2º Vig) e da F (1º Vig). O Ven sai de seu Altar pelo lado direito (Sudeste), deixa sobre o mesmo o Malhete e o Ritual, após os Vvig tomarem posição, desde, trazendo do Altar a Tocha acesa. Concluída a Cerimônia das Luzes o 2º Vig entrega a Tocha ao Ven Metr que apaga a mesma sem soprá-la e retorna ao seu lugar diretamente, sem dar volta em torno do A dos Jjur (entrando em seu Altar pelo lado esquerdo – Nordeste).

Os Vvig após o Ven ter regressado ao Altar, o 2º Vig, à frente retornam aos seus Altares (Entrando nos mesmos pelo lado esquerdo). Antes de sair do Or saúdam o Ven junto a Grade do Or. Durante a Transmissão da Pal Sagr também ocorre movimentação no Or, os Ddiac se deslocam portando o bastão na mão direita, braço colado ao tronco, formando uma esquadria com o antebraço que, colocado horizontalmente, aponta para frente do corpo. Não fazem S de Ord. Os sinais só são feitos se o Obreiro estiver em pé, parado e com as mãos desocupadas. Para entrar no Or após subir o último degrau antes da linha divisória do Or e do Oc ou para cruzar do Norte para o Sul junto a Grade do Or, o Obreiro saudará o Ven Mestr, parando e colocando-se de frente para o Altar.

Com as mãos ocupadas, a saudação deve ser substituída por respeitosa inflexão com a cabeça. A seguir, o 1º Diác sobe os degraus, posta-se à esquerda (Nordeste) do Trono, saúda o Ven com respeitosa inflexão de cabeça. É correspondido e procede-se a transmissão da Pal Sagr ao ouvido direito de um para o outro, letra por letra, o Ven dá a primeira letra, o 1º Diác, então, saúda o Ven, é correspondido e se desloca até o 1º Vig onde posta-se à esquerda de seu Altar e com as mesmas formalidades transmite a Pal recebida. Prossegue seu giro, indo colocar-se junto ao Altar dos Jjur, ao lado da Luz da F (Vermelha) para formar o Pálio. O 2º Diác desloca-se e posta-se à esquerda do Altar do 1º Vig e com formalidades iguais recebe a Pal Sagr. Desloca-se e posta-se à esquerda do Altar do 2º Vig e com as mesmas formalidades transmite a Pal recebida e, posiciona-se a seguir, junto ao Altar dos Jjur, ao lado da Luz da B (azul) para formar o Pálio. A marcha dos Ddiác deve ser enérgica, decidida, sem vacilações.

Não há necessidade do Ir 2º Diác esperar que o 1º Diác se posicione no Or para dar início ao seu trajeto. Estando os Ddiác posicionados para formar o Pálio, o Orad, sem convite do Ven e sem escolta do M de Ccer, dirige-se ao A dos Jjur (Sempre que o espaço físico permitir) ficando de frente para o Ven para dar início à Abertura do Livro da Lei. O M de Ccer e os dois Ddiác cruzam seus bastões por sobre o A dos Jjur, formando o Pálio. O M de Ccer ergue seu bastão, sobre o qual os Ddiác apóiam os seus. O Orad à Ordem, saúda o Ven, desfaz o sinal, abre o L da L sem tirá-lo do A segura o Esq e o Compass na mão direita e lê o primeiro versículo do Salmo 133; (Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!) coloca sobre o Livro aberto, o Esq sobre o Compass na posição do Grau (O Compass com as pontas voltadas para o Oc) e saúda novamente o Ven e permanece à Ord. Desfaz-se o Pálio. Os quatro Iir ficam juntos ao A dos Jjur, estando o M de Ccer e Ddiác com os Bastões na mão direita, verticalmente, pousados no solo. Após o ritual de abertura da loja pelo Ven Mestr os Iir, que se achavam junto ao A dos Jjur, saúdam o Ven e voltam a ocupar os seus lugares. De passagem ao seu lugar o 2º Diác abre o Painel do Grau. O M de Ccer faz o giro em torno do A dos Jjur e regressa ao seu lugar.

Outra movimentação que acontece no Or é após a Leitura e Aprovação do Balaustre, quando o Ir 1º Diác, cumprindo ordem do Ven, recebe o livro já assinado pelo Secr, colhe a assinatura do Orad e por último a do Ven, entregando-o ao Secr, e retorna ao seu lugar. Havendo Propostas de Emendas ou Explicações, estas serão submetidas a votos. E após concluída a votação o Ir 1º Diác recebe o Livro de Propostas, já assinado, pelo Secr, recolhe a assinatura do Orad, em seguida a do Ven e devolve-o ao Secr, retornando ao seu lugar. Chegado o momento de transitar com o Saco de Propostas e Informações o Ir Mestr de Ccer se posiciona ao lado direito do V M, levando consigo a sacola que recolhera antes da abertura da sessão, cumpre o determinado e só se retira depois que for anunciado o resultado da coleta. Durante a circulação do Tronco de Beneficência o Ir Hosp também circula do Or quando leva consigo o saco do Tronco de Beneficência começando pelo Ir Orad, depois o V M, Autoridades e demais irmãos do Or. Antes do Fechamento do L da L o Ir 2º Diác vai ao 2º Vig para Retorno da P S, onde recebe-a com as mesmas formalidades com que a transmitiu no início dos trabalhos. Dirige-se ao Ir.’ 1º Vig e a transmite com as mesmas formalidades que recebeu, indo colocar-se junto ao A do Jjur, junto a Luz da B (azul) para formar o Pálio.

O Ir 1º Diác vai ao 1º Vig, recebe a P S com as formalidades já descritas e a transmite ao Ven, indo colocar-se junto ao A dos Jjur, junto a Luz da F (Vermelha) para formar o Pálio. Tendo a P S retornado corretamente dá-se início ao fechamento do L da L quando o Orad se dirige ao A dos Jjur e se coloca a Ordem ficando de frente para o Ven sob o Pálio formado pelos Ddiác e o M de Ccer. O Ir Orad saúda o Ven, fecha o L da L, coloca sobre ele o Esq e o Compass na posição voltada do Grau (O Compass com as pontas voltadas para o Or), saúda novamente o Ven e permanece a Ord. Os quatro Iir ficam juntos ao A dos Jjur, estando o M de Ccer e Ddiác com os Bastões na mão direita, verticalmente, pousados no solo.

Encerrado o ritual de encerramento dos trabalhos em loja os Iir, que se achavam junto ao A dos Jjur, saúdam o Ven e voltam a ocupar os seus lugares. De passagem ao seu lugar o 2º Diác fecha o Painel do Grau. O M de Ccer faz o giro em torno do A dos Jjur e regressa ao seu lugar. Por fim no ritual de Amortização das Luzes os Vvig saem de seus Altares pelo lado direito deixando sobre eles os Malhetes e Rituais, dirigem-se ao Or, à frente, o 2º Vig, e, após subirem o último degrau antes da linha divisória do Or e do Oc junto a Grade do Or, saúdam o Ven indo postar-se, respectivamente, diante dos castiçais da B (2º Vig) e da F (1º Vig). O Ven sai do seu Altar pelo lado direito (Sudeste), deixa sobre ele o Malhete e Ritual, após os Vvig tomarem posição, desce ao Altar e dirige-se ao A dos Jjur, entregando o abafador ao 2º Vig. Amortizadas as Luzes o Ven retorna ao seu lugar diretamente, sem dar volta em torno do A dos Jjur entrando em seu altar pelo lado esquerdo (Nordeste). Os Iir Vvig, à frente retornam ao seus Altares entrando pelo lado esquerdo. Antes de sair do Or saúdam o Ven junto a Grade do Or.

Encerrada a sessão o Ir M de Ccer, a seguir, promove o cortejo de retirada das Dignidades. O Ven dirige-se ao A dos Jjur; posta-se voltado para a saída. Os dois Vvig encaminham-se, paralelamente, até a Grade do Or. Após o cortejo se retiram em ordem, cada um do lado de sua Col.

Autores:

    A M ABRAÃO S. D. S. GRACCO – CIM 328051

    A M ELMÁRIO L. B. CARLOS – CIM 328052

    A M HUGO M. DE SOUZA CORDEIRO – CIM 25511

    A M JULIAN Z. DE LACERDA – CIM 25515

    A M MAX L. CAMPOS – CIM 25519

    A M WANDERLEY DE S. LIMA – CIM 25553

 A R L S CINCO DE JUNHO II  Nº 378 - RITO BRASILEIRO 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro – São Paulo, 2009

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