VERDADE E SEUS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
O
QUE É VERDADE?
Verdade é
aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que é verdadeiro, é a
ausência da mentira. Verdade é também a afirmação do que é correto, do que é
seguramente o certo e está dentro da realidade apresentada. A verdade é um
juízo de valor atribuído para representar a correspondência dos fatos.
Em grego a
verdade se diz Alétheia e se refere a auto manifestação da realidade ou a
manifestação intelectual dos humanos,
significa o não oculto, o não dissimulado e, como tal verdadeiro.
Em latim verdade
é Veritas corresponde a maneira de
narrar os fatos acontecidos, a maneira de narrar determinará a verdade dos
fatos.
Significando exatidão, precisão, ou enunciados dos fatos tais como foram
acontecidos.
Observam-se diferenças nas duas concepções. Na latina a precisão dos
fatos. Na grega a verdade está nas próprias coisas.
Em hebraico é Emunha e está relacionada com Deus e com o ser humano, tem
uma relação divina, está ligada a profecias.
No senso comum verdade é dizer o que
se acredita de verdade, porque se viu com os próprios olhos ou se concluiu após
sério esforço para conhecer as coisas tais como elas são, embora a filosofia
afirma que não podemos conhecer em si mesmo qualquer coisa;
Os seres humanos falam muito em verdade até as defende, mas sem nenhuma restrição, ou melhor, ninguém
preocupa com indagações do tipo o que é a verdade? Uma pergunta que tem ocupado
ao longo dos tempos filósofos, cientistas e outros pensadores.
A VERDADE
SEGUNDO PLATÃO.
A verdade segundo Platão não é algo concreto palpável, não se pode dizer
dela: essa é a verdade, ou a verdade das verdades. Tudo é relativo.
A verdade para Platão é
que o conhecimento exige movimento, superação.
A VERDADE
SEGUNDO SÓCRATES.
Para Sócrates, a verdade está no próprio homem, mas ele não pode
atingi-la porque não só está envolto em falsas ideias, em preconceitos, como
está desprovido de métodos adequados.
O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma
reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o
mundo baseada na observação das forças da natureza.
Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais
tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu
para a terra" e concentrá-la no homem e em sua alma (em grego, a psique).
A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do
autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.
A VERDADE
SEGUNDO ARISTÓTELES
Aristóteles acreditava que a verdade está neste mundo e não em um
universo paralelo, como acreditava Platão. Aristóteles dizia que eram os homens
que formulavam os conceitos a respeito das coisas para poder
reconhecê-las.
A VERDADE
SEGUNDO OUTROS PENSADORES
Para Nietzsche, a verdade não passa de uma convenção social com a
finalidade de regular os inter-relacionamentos humanos e possibilitar a
formação de uma comunidade. Ele defende que a verdade não existe.
Para o filósofo francês Jean-Paul Sartre, a verdade está na essência do
indivíduo, ela é resultado dos valores de uma sociedade.
A VERDADE SEGUNDO
EMMANUEL
O Consolador – Emmanuel – Psicografia Francisco Cândido
Xavier. FEB
Emmanuel é o nome dado pelo médium brasileiro Chico Xavier ao espírito a
que atribui a autoria de boa parte de suas obras psicografadas
A verdade é a essência
espiritual da vida.
Cada homem ou cada grupo de criaturas possui o seu quinhão de verdades
relativas, com o qual se alimentam as almas nos vários planos evolutivos.
Tal qual Platão,
Emmanuel relativiza a Verdade.
“A VERDADE SAINDO DO POÇO” PARÁBOLA
DE JEAN-LEON GÉRÔME, 1896
A Verdade e a Mentira conheceram-se um dia. A Mentira diz à Verdade:
“está muito bonito hoje”.
A Verdade olha à volta dela e levanta os olhos para o céu, o dia foi
realmente bonito. Passam muito tempo juntos até chegar à frente de um poço. A
Mentira diz à verdade:” a água é muito agradável, vamos tomar banho juntos! ”
A Verdade mais uma vez desconfiada toca na água, ela era realmente
agradável. Despem-se e põem-se a nadar.
De repente, a Mentira sai da água, põe as roupas da verdade e foge. A
verdade furiosa sai do poço e corre por todo o lado para encontrar a Mentira e
recuperar as suas roupas. O mundo vendo a Verdade toda nua vira o olhar com
desprezo e raiva.
A pobre Verdade volta para o poço e desaparece para sempre escondendo a
sua vergonha.
Desde então, a Mentira viaja por todo o mundo vestida como a verdade,
satisfazendo as necessidades da sociedade, e o mundo não quer em nenhum caso
ver a Verdade nua.
Concluo que é muito mais fácil aceitar a mentira com as roupas da
verdade do que a verdade nua e crua.
Bibliografia.
História da Educação na Antigüidade, Henri-Irénée Marrou,
Paidéia - A Formação do Homem Grego, Werner Jaeger,
Sócrates, coleção Os Pensadores, Ed. Nova Cultural,
Sócrates, Rodolfo Mondolfo, Ed. Mestre Jou .
O Consolador – Emmanuel – Psicografia Francisco Cândido
Xavier. FEB
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