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O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS

PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS  O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...

 

A Abolição dos escravos

 

         Uma instituição tão velha quanto o mundo, o grande escritor Português Oliveira Martins afirmou muito acertadamente que sem escravos nação alguma começou, realmente, a instituição escravidão tem idade do mundo, quando o homem primitivo estava na idade da caça, possamos dizer que todo aquele que vinha compartilhar do seu território reduzia os seus meios de subsistência, o primeiro habitante via o segundo como um inimigo cujo o extermínio considerava necessário.

         Quando esse mesmo homem primitivo sentiu necessidade de possuir gado para assegura-se alimento nas estações do ano em que a caça se emigrava ou escasseava, quando enfim se tornou pastor, compreendeu que poderia aproveitar na guarda dos rebanhos, que aumentavam sempre, o inimigo vencido, para passar utilizar o seu trabalho, havia nascido a escravidão.

         Foi com escravos que o Egito fez a sua agricultura e construiu os imponentes monumentos de que todos já ouviram falar, na Grécia antiga os vencidos eram invariavelmente reduzidos a condição de escravos, os Esparta chegaram a escravizar cidades inteira, o grande Império Romano possui numerosos escravos durante toda a sua existência.

         Na Espanha de 1501, eram muitos os escravos mouros, o grande escritor Miguel Cervantes, autor de Dom Quixote, que é um dos livros clássicos da literatura universal, que na Espanha daquela época existia escravos brancos, marcados a ferro em brasa na face, em Veneza do século XV, rara era a família remediada que não possuía escravos, geralmente adquiridos no Oriente, no Brasil os escravos foram trazidos da África pelos Portugueses que não inventaram a escravidão, no ano 1531 quando aqui apartou Martim Afonso de Souza para iniciar verdadeiramente a tarefa de colonização do Brasil.

         O índio, que a principio foi escravizado, revelou-se desde logo verdadeira negação para qualquer espécie de trabalho, metódico, difícil no aprendizado, pouco resistente fora de seu ambiente e sempre rebelde, o africano era portanto para o momento a solução viável, pois era mais forte e tinha muita resistência física.

Até 1850, pelo menos milhões, muitos milhões foram trazidos para o Brasil para trabalhar na lavoura, na mineração e em outros serviços, eles pertenciam a três grupos culturais denominados Sudanês, Guiano-Sudanêz e Banto, seus paises de origem eram a ilhas de Cabo Verde, Costa de Guiné e especialmente São Tomé, Luanda e Moçambique, em sua terras nativas viviam da agricultura  e criavam gado, sabiam trabalhar os metais principalmente o ferro, confeccionavam potes e panelas de barro, estavam sujeito a chefes ou sobas, algumas tribos como a dos Jagas, praticavam o canibalismo, como informa um documento datado de 1617 que se encontra hoje no Arquivo Histórico Colonial de Lisboa, catalogado como codíco de nº. 39, eram aos Sobas que os traficantes, e os mercadores de escravos recorriam, propondo-lhes a compra de homens e mulheres, compra essa não com dinheiro, pois dinheiro para eles não valia nada, e sim com quinquilharias, uma vez combinado o negocio, os Sobas mandavam os guerreiros  agarrarem a força homens e mulheres e conduzi-los as praias aonde os navios os esperavam era assim que começava o martírio dos negros, pois muitos não chegavam vivos no Brasil, talvez seja a parte mais triste de nossa historia, isso não aconteceu em outro planeta e nem a cinco mil anos como no Egito  e sim no Brasil.

Todo esse drama, toda essa miséria acontecia porque o escravo era uma mercadoria preciosa, um artigo de muita procura vendido a bom preço no Brasil, o europeu, em numero reduzido, era insuficiente para plantio e manuseio da cana, do fabrico do açúcar, da plantação do fumo, nossas primeiras riquezas, como mais tarde foram no garimpo do ouro e na busca de diamantes, sem escravo, o estado de Pernambuco não poderia possuir, já em 1576, apenas setenta e seis anos após o descobrimento do Brasil, nada menos de 50 engenhos e uma exportação anual de 70, 000 (setenta mil) arrobas de açúcar, números esses que aumentaram ano a ano, fazendo a riqueza dos colonos e de Portugal, porque o açúcar era então um artigo de custo muito elevado, e de grande procura na Europa, sem escravo o Brasil não teria existido, sem o braço do negro que construiu a prosperidade da época,  sem o escravo não teria também o povoamento do sertão e como não seria possível povoar o emerso pais que Cabral  descobriu.

Era comum naquela época nas escolas e nas igrejas ensinarem aos alunos e ao povo em geral que os negros não tinham alma, e afirmava, portanto que a raça negra não era humana constituía em seres da natureza, são destinados, por Deus, a viver nas selvas, ou então nos trabalhos pesados, como fazem os cavalos, os jumentos e os bois, e, no entanto, este conceito, por mais delirante, absurdos e irracionais que hoje nos pareçam, foi conceito oficial da nobreza e do clero com relação aos escravos que eram trazidos e viviam no Brasil.

A libertação dos escravos começou no século XVlll com o inicio da luta contra o trafico de escravo, através principalmente dos esforços da Inglaterra e a palavra igreja na Europa, embora a igreja da Europa orientava contra o comercio de escravos, mantinha os seus próprios escravos,  Nicolas V, que ocupou o papado de 1447 a 1455, chegou assinar uma ordem, dando aos Portugueses a exclusividade da captura de escravos negros da África, posição que seria ratificada pelos papas Calixto lll e Sixto lV, temos que entender que  escravizaram também o Índio, só que o índio era mais difícil lhe obrigar a trabalhar enquanto os negros eram mais docio.

Somente em 1741, o papa Bento XlV publicou uma bula onde reprovava toda e qualquer forma de escravidão, na mesma época nos Estados Unidos, uma seita cristã fundada na Inglaterra já pregava abertamente contra a escravidão, mas a luta estava longe de terminar, nos Estados Unidos embora a constituição de 1787 determinava que o trafico deveria cessar, o contrabando continuou ativo, 1808 uma lamentável desumanidade, com as dificuldades de transporte de Africanos foram criados verdadeiros haras humanos, destinados a reprodução de escravos, foi a época dos reprodutores escravos selecionados para fertilizar diversas mulheres, em conseqüência a diminuição do trafico.

  

 

 

Geraldo Antunes de oliveira

Cim 197169 Maio de 2007

  

 

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