PEÇA DE ARQUITETURA O QUE TENHO FEITO EM LOJA, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MAÇONARIA E DOS LANDMARKS O QUE SÃO LANDMARKS O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável. Na mesma linha de raciocínio, “ land ” é terra; e “ mark ” é marca – donde Landmark deve ser entendido como “ponto de referência”, fronteira delimitativa de até onde se pode chegar, recomendação, conselho, aviso e ADVERTÊNCIA. O preceito é bíblico e está em Provérbios 22:28 “ nolumus leges mutari ”: não removas os antigos limites que os teus pais fixaram. É neste sentido que as Grandes Lojas no Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o ...
Abolição da Escravidão
Indígena: 1680 ou 1755?
Leonardo Soares
Quirino da Silva (Autor)
Alguns sites
apresentam o dia 1o de abril de 1680 como o Dia da Abolição da
Escravidão Indígena. Nesta data, o rei de Portugal publicou mais uma lei
que acabava com o cativeiro dos índios no Brasil. Para o professor José Ribamar
Bessa Freire, a lei foi mais uma "pegadinha" de 1o de
abril e fez parte da luta entre colonos e jesuítas pelo controle da mão-de-obra
nativa.
- Para Bessa, do Programa de Estudo de Povos Indígenas da Uerj (Pró-Índio), a abolição da escravidão indígena ocorreu somente de forma definitiva depois, por iniciativa do marquês de Pombal. Primeiro, por lei de 6 de junho de 1755, válida para o Estado do Grão-Pará e Maranhão. Depois, em 1758, a medida foi ampliada por alvará para o Estado do Brasil.
Dia da mentira
Considerar
a lei de 1680 como a da abolição da escravidão indígena é, no mínimo, um erro
de leitura. Bessa explicou que o texto da lei proibia a escravização de novos
índios, mas não libertava os cativos adquiridos antes de sua promulgação.
Por isso,
para o professor, não pareceu ser por acaso que a lei tenha sido assinada no
dia 1o de abril:
- Foi
primeiro de abril, mesmo! Em primeiro lugar, a lei não entrou em vigência. Se
entrasse, não acabava com a escravidão. Ela funcionava um pouco como a Lei do
Ventre Livre. No ar.
O
professor explicou que as idas e vindas da legislação, ao longo de todo século
XVII, resultaram da luta entre jesuítas e colonos pelo controle da mão-de-obra
indígena, tanto a que estava reunida nas repartições, quanto a que estava
aprisionada nas chamadas guerras justas.
Para
Bessa, a participação dos jesuítas neste debate acabou levando o público em
geral a ver os padres daquele período como defensores da liberdade indígena.
Apesar das condições de trabalho nas propriedades das ordens serem bem
superiores que nas dos colonos, não era verdade que as os religiosos estivessem
lutando pela liberdade dos nativos, como declarou o professor:
- Na
verdade, o que (o padre Antônio) Vieira estava pedindo (com a lei de
1680) não era a liberdade dos índios. Era o controle dos jesuítas sobre os
chamados índios livres. Tanto que, quando saiu o regimento do resgate, os
jesuítas passaram a fazer parte de suas tropas. Isso caracteriza bem que, na
verdade, eles não estavam lutando pela libertação dos indígenas.
Os
nativos sob controle dos jesuítas, bem como de outras ordens religiosas, seriam
empregados em suas propriedades, gerando recursos para financiar as atividades
da Companhia de Jesus.
O
professor explica que no Grão-Pará, como em outras partes da colônia, a posse
de terra não significava nada. O importante era ter a mão-de-obra necessária
para torná-la produtiva.
Malandragem de Pombal
Tampouco
a legislação pombalina foi movida por razões humanitárias, destaca o professor.
Autor do livro Rio Babel: a História das Línguas na Amazônia (2004), ele
está à vontade para falar sobre as reais motivações do controverso marquês.
Ao
aprovar uma lei que libertava e igualava os índios aos portugueses, o objetivo
de Pombal era angariar a simpatia das populações nativas da Bacia Amazônica em
razão da assinatura, em 1750, do Tratado de Madri, que revogou Tordesilhas
(1494).
No
tratado foi estabelecido que os limites entre Portugal e Espanha na América do
Sul seriam fixados segundo o princípio do uti possidetis, ou seja, a
terra seria daquele que já a ocupasse e sobre a qual não houvesse acordo
estabelecendo limite anterior.
O
problema para os portugueses, como observou Bessa, era que naquela época havia
apenas cerca de mil portugueses em toda a região.
Em vista
disso, um dos critérios usados pela comissão demarcadora do tratado para saber
onde terminava a área sob ocupação portuguesa e começava a espanhola era se os
habitantes locais falavam a língua geral. Esta era a língua usada pelos
portugueses para "civilizar" a América. Ela era o resultado da
sistematização do tupinambá pelos jesuítas ainda no século XVI. No Estado do
Grão-Pará e no resto da colônia teve o status de língua oficial.
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